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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Os 13 Princípios de Benjamin Franklin


Item nº 2 – Reforma Íntima – uma pequena história real

Em "O livro dos espíritos", no capítulo "Conhecimento de si mesmo", a pergunta 919, Allan Kardec questiona os espíritos:
- "Qual o meio mais prático e mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e resistir à atração do mal?"
- Um sábio da antiguidade vo-lo disse: "Conhece-te a ti mesmo."
 Allan Kardec, profundo conhecedor das deficiências humanas, investiga mais a fundo no desdobramento da questão acima.
- "Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?"
- "Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar... (Santo Agostinho)
 Parece resultar daí, que o conhecimento de si mesmo é, a chave do progresso individual e esta é uma tarefa que compete a cada um individualmente...
Ocorre-nos lembrar de Benjamin Franklin, estadista, escritor e inventor norte americano (inventor do para-raio).
Benjamin era um tipógrafo na Filadelfia, homem fracassado e cheio de dívidas; achava que tinha aptidões comuns mas, acreditava que seria capaz de adquirir os princípios básicos de viver com êxito se pudesse apenas encontrar o método certo (acabou encontrando-o e relata em seu livro autobiográfico).
Em sua juventude, era um homem de muita inteligência e perspicácia apesar de ter estudado apenas até o 2º ano primário. Era ávido por conhecimento e lia muito, estudava e escrevia ensaios e poesias. Estudava sobre tudo que lhe interessava, principalmente sobre os grandes vultos da história de todos os tempos. Por isso mesmo, tinha uma grande cultura e um conceito moral muito rígido; cobrava-se muito como também dos outros a mais correta conduta.
Em suas reuniões sociais, tecia críticas francas e ácidas sobre todos os deslizes de seus colegas, sentindo um prazer mórbido em derrotar verbalmente aos seus oponentes, fato que ao longo do tempo foi deixando-o só, isolado nas reuniões e que eram "obrigados" a convidá-lo pelo seu cargo político.
Sentindo o peso desse isolamento e em conversa com um amigo muito chegado, comentou essa aversão das pessoas de seu convívio. Localizada a "causa" dessa aversão, com uma tenacidade que só as almas valorosas possuem, empreendeu luta acirrada ao combate às suas imperfeições. Mas, por mais que se esforçasse, controlava uma imperfeição mas, caia invariavelmente em outra; quando essa outra recebia a sua atenção, novo deslize fazia-o tropeçar e a situação não avançava... Era como se estivesse tentando reter a água com as mãos que, não obstante, escorria por entre os dedos.
O isolamento continuava e até acentuava-se.
Lembrando-se das habilidades de Napoleão Bonaparte que adotava a estratégia de "dividir para vencer", de espírito inventivo, Franklin imaginou um método simples, porém tão prático, que qualquer pessoa poderia empregá-lo.
Quando passava ao principio seguinte não esquecia os anteriores e, a cada vez que se pegava em falha, fazia uma pequena marca no verso do cartão, assim, no retorno, àquele principio, dedicava maior atenção e esforço. Manteve em segredo o que estava fazendo, pois receava que os outros se rissem dele (é triste constatar que até nos dias de hoje, nos vangloriamos de atos incorretos, falcatruas, engodos, vícios que cometemos, mas temos vergonha de admitir que estamos tentando melhorar praticando alguma virtude).Este procedimento deu tão certo que ele acabou utilizando ao longo de sua vida, embora mudando ois princípios, uma vez já tendo controlado aquela deficiência combatida.Escolheu 13 princípios que julgava necessário ou desejável  aprender e procurar praticar. Escreveu-os em pequenos pedaços de cartolina, com breve resumo do assunto e, dedicou uma semana da MAIS RIGOROSA atenção a cada um desses princípios separadamente; desse modo, pode percorrer a lista toda em 13 semanas e repetir o processo 4 vezes por ano.Ao fim de um ano, Franklin havia completado 4 cursos e, constatou que já buscava com naturalidade, o controle de suas falhas, apesar de estar longe de dominar com perfeição qualquer daqueles princípios.

OS TREZE PRINCÍPIOS DE BENJAMIN FRANKLIN eram (
tais como escreveu e na ordem que lhes deu):
  • Temperança – não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
  • Silêncio – não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
  • Ordem – tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
  • Resolução – resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve.
  • Frugalidade – não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja, nada desperdice.
  • Diligência – não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil;dispense toda atividade desnecessária.
  • Sinceridade – não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa e, quando falar, fale de acordo.
  • Justiça – a ninguém prejudique por mau juízo ou pela omissão de benefícios que são dever.
  • Moderação – evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas, tanto quanto julga que o mereem.
  • Asseio – não tolera falta de asseio no corpo, no vestuário ou na habitação.
  • Tranqüilidade – não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
  • Castidade – evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
  • Humildade – imite Jesus e Sócrates.

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